Título do Artigo: Humans and AI: Problem Finders and Problem Solvers

Autor: Ben Dickson

Publicação: 14/02/2022

Link para o artigo completo: Humans and AI: Problem finders and problem solvers – TechTalks (bdtechtalks.com)

Esta é uma resenha do artigo “Humans and AI: Problem finders and problem solvers”, de autoria de Ben Dickson. O artigo menciona que, com o passar dos anos, os profissionais na área de IA têm buscado por testes que sejam capazes de medir a inteligência de uma IA, e que esses testes possuem referência na inteligência humana, que pode ser difícil de medir. Nesse caso, existem alguns testes e competições que são indicativos de boas habilidades cognitivas.

Dado qualquer problema para resolução, seja um jogo de xadrez, ou um desafio de programação, o que acontece é que esse problema é combinado com uma possível solução, e essa solução pode ser comparada a um resultado que é esperado. Por exemplo, em um desafio de programação, há uma variedade de instruções possíveis que podem ser combinadas de muitas maneiras para se chegar na solução. E são esses tipos de problemas que testam os limites da nossa inteligência, pois, por exemplo, nenhum jogador de xadrez, por mais profissional que seja, não consegue avaliar milhares ou milhões de movimentos a cada jogada.

O que acontece nesse tipo de situação para se chegar na solução, é que através do que o autor chama de intuição razoável (abdução), combina-se o problema com padrões já vistos (indução) e aplica-se um conjunto de regras conhecidas (dedução), e assim, isso acontece até formar uma solução que pode ser aceita. E através desse processo, desenvolvemos algumas habilidades cognitivas que podem ser usadas em outros problemas, como planejamento, estratégia, padrões de design, pensamento crítico, entre outras. E é por isso que muitas empresas utilizam de desafios de programação para avaliar a capacidade de possíveis contratados, já que se espera que uma pessoa que resolva os problemas propostos possui muitas habilidades gerais.

Porém, quando essas competições e testes são aplicados a uma inteligência artificial, pode-se alcançar resultados incríveis, que a mente humana não consegue conquistar. Por exemplo, em 1996, a IA denominada Deep Blue derrotou um dos maiores grandes mestres do xadrez mundial, o russo Garry Kasparov. E para conseguir tal proeza, o Deep Blue utilizava do poder computacional dos supercomputadores da IBM a fim de avaliar milhões de movimentos por segundo e, assim, escolher o melhor movimento.

Um outro exemplo mais atual, é a IA AlphaGo, que derrotou o grande mestre de go, o sul-coreano Lee Sedol. E esse feito é ainda mais impressionante, pois as possibilidades dentro de um jogo de go são ainda maiores que a de um jogo de xadrez. A AlphaGo foi preparada através de um grande conjunto de dados que contém vários jogos de go já jogados anteriormente, e esse conjunto é muito maior do que um ser humano conseguiria jogar em toda a sua vida.

No entanto, quando essas inteligências artificiais são comparadas com nós, humanos, isso nos leva a algumas conclusões precipitadas e errôneas, como as máquinas dominando o mundo, redes neurais se tornando conscientes e uma IA como a AlphaCode se tornando tão boa quanto um programador humano. Mas, quando os humanos identificam um problema e se espera uma boa solução para tal problema, o cenário muda a favor da IA. Quando se tem um algoritmo, regras, dados e o poder computacional corretos, pode ser possível criar uma IA capaz de encontrar uma solução de forma diferente da qual um ser humano é capaz de formar tal solução.

O autor coloca sua opinião comentando que gosta de pensar na IA como uma extensão da inteligência humana, ao invés de ser uma substituta. E explica que tecnologias como a AlphaCode não conseguem pensar e projetar seus próprios problemas, o que é uma característica da inteligência do ser humano. Porém, as inteligências artificiais são ótimas solucionadores de problemas. Em uma espécie de parceria entre humanos e IA, os humanos definem os problemas, recompensas ou resultados esperados, e a IA ajuda a encontrar as melhores soluções.