Revolta da Salada (ou Vingança do Vinagre?!)(){
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Por: Suelen Cristina Cremonini

v de vinagre

Imagem retirada de:

augustourgente.com.br

O primeiro semestre de 2013 foi marcado por diversos protestos que se assemelharam, em dimensão, ao movimento dos caras-pintadas de 1992, que tinha como propósito o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Vários são os motivos que levaram os brasileiros a protestarem, mas o estopim se deu quando a tarifa do transporte público aumentou em várias cidades do país.

Engana-se quem pensa que o primeiro movimento em favor da diminuição da tarifa foi no ano de 2013, ele começou, na verdade, em agosto de 2012, na capital do Rio Grande do Norte – Natal, quando a prefeitura anunciou o aumento de R$ 0,20 no preço da passagem. Cerca de 2 mil pessoas foram para as ruas da cidade protestar contra tal aumento, e uma semana mais tarde o ajuste foi revogado.

Entre janeiro de 2013 e 17 de junho deste mesmo ano, data que marcou a intensificação dos protestos, outras cidades já haviam tido algum tipo de manifestação, porém em menor escala, não levando mais do que 40 mil pessoas às ruas. A partir do dia 17 de junho, data que marcou o início da segunda fase do movimento, o número de manifestantes aumentou 35 vezes em relação ao período anterior.


Mas como tantas pessoas se mobilizaram em tantas cidades diferentes?

Utilizando, especificamente, as redes sociais. Este meio já havia sido o local para mobilização política em outros países, e desta vez, chegou ao Brasil. O movimento Passe Livre (São Paulo), que foi o primeiro amplamente divulgado e com grande participação popular, cresceu principalmente com o uso do ambiente virtual.

Também pela internet, surgiram dois possíveis nomes para o movimento: Revolta da Salada ou Vingança do Vinagre, que fazem referência à detenção de pessoas por portarem vinagre nas primeiras manifestações. Os manifestantes alegavam que o vinagre poderia ser usado como proteção contra o gás lacrimogêneo, enquanto os policiais diziam que o produto poderia ser usado na fabricação de bombas.

Muitas pessoas questionaram a forma como foram organizadas as manifestações – principalmente por eventos no facebook, afinal não há nenhum líder direto à frente dos atos, mas sim, uma ideia de compartilhamento e colaboração, além da necessidade de todos participarem. Mas isso só ocorreu porque a forma tradicional de mobilização, onde há partidos e entidades à frente, não surte mais efeito algum.


Segunda fase dos protestos

A segunda fase do movimento foi caracterizada, na maior parte do tempo, por protestos pacíficos, com grande cobertura da mídia, e massiva participação popular, atraindo, inclusive, atenção internacional, quando diversos jornais publicaram notícias sobre o assunto e muitos brasileiros residentes em outros países apoiaram a causa. Os dias 17 e 20 de junho foram os que mais se destacaram durante esta segunda fase.



Referências:

Wikipédia
Diário do Vale

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