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Por: Tiago Martins Araújo


Com a avanço das pesquisas na área da Computação Ubíqua, espera-se que as tecnologias mais profundas relacionadas a esta área tendem a desaparecer, o que faria com que as mesmas se tornem imperceptíveis e indistinguíveis para as pessoas, integrando-se ao cotidiano. Ou seja, essas tecnologias deixam de ser o foco de atenção, passam a ser intrínsecas (talvez até óbvias), tal como a aplicação da escrita, do uso de motores elétricos, da eletricidade. Dessa forma as pessoas passam, a partir dessa tecnologia intrínseca, a focarem em novos desafios e objetivos.

Apesar de todo o conhecimento e avanços relacionados à tecnologia da informação, a computação ainda está distante de ser uma tecnologia que venha a “desaparecer”. Ela ainda é pouco intuitiva, utiliza jargões pouco conhecidos por seus usuários e frequentemente faz com que o usuário desvie sua atenção da tarefa fim, por diversos fatores, entre eles por dificuldades no uso da tecnologia, seja a nível de hardware ou software.

Nesse novo modelo de computação não se espera que ocorra uma revolução na inteligência artificial, ou nos modelos de programação, mas sim na integração entre dispositivos. Diferentes tipos de objetos, com funcionalidades distintas estarão integrados em toda parte. Para que a utilização seja prática, a computação ubíqua deverá atender a três requisitos: preço acessível, computadores desenvolvidos para aplicações específicas e uma rede de comunicação rápida, que conecte todos os componentes entre si. Além de um sistema de software que implemente esses novos sistemas e serviços em larga escala.

Espera-se que a computação ubíqua promova mais conforto, praticidade e eficiência nas tarefas (físicas ou sociais) das pessoas, que ela permita que as coisas sejam feitas mais rapidamente, de maneira mais fácil e com menor esforço. Bem, isto nos faz pensar em até que ponto tudo isso se transformará de fato em praticidade para todos? Bem, talvez iremos interagir com mais informações em uma simples caminhada no parque do que o conjunto de dados manipulado por um servidor atualmente. Mas quais seriam as consequências da falha (mecânica ou lógica) de dispositivos ubíquos? Não poderia a computação ubíqua promover monopólios, cartéis ou concentração de poder?

Na verdade há centenas de perguntas que envolvem o tema computação ubíqua e ainda poucas respostas definitivas. Mas, espera-se que a computação ubíqua transcenderá a barreira tradicional entre o social e o técnico, fazendo com que ao mesmo tempo as pessoas sejam pessoais e globais. Todos esses aparelhos na verdade se conectarão com qualquer outro e fornecerão informações a qualquer outro dispositivo em qualquer lugar, tornando a informação distribuída, globalizada. De fato há muitas coisas que estão sendo estudadas que ainda não existem, a computação ubíqua se mostra como uma área rica de oportunidades para pesquisa.

Referências:

Ivairton Monteiro Santos - Computação Ubíqua
Computação Ubíqua nos Sistemas de Informação

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