Por: Daniel Alves e Túlio Moura

Foi-se o tempo em que apenas empresas relacionadas à tecnologia se preocupavam com a área de TI (Tecnologia da Informação). Hoje, com a automação de vários serviços, empresas que atuam nos mais diversos mercados já contratam profissionais para instalar e manter, pelo menos, um servidor para controle financeiro ou gerenciamento de arquivos. O fato é que, quanto maior a empresa, mais significantes se tornam as decisões tomadas para o setor responsável por esses serviços. Sabendo disso e tendo em vista o momento ambiental crítico em que vivemos, podemos vislumbrar uma revolução no modo de se gerenciar TI.

Energy Star: Selo que certifica eficiência energética.

Tudo teve início em meados de 1992 com o "Energy Star", selo que reconhece a eficiência energética de monitores, aparelhos de ar condicionado e de diversos eletrônicos, o selo ficou muito conhecido por aparecer em alguns computadores durante o processo de boot, comprovando o baixo consumo de energia da placa-mãe. Porém, há pouco tempo, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório¹ que confirmou o que todos já sabiam, mas alguns ainda insistiam em negar: O planeta está se aquecendo e, se nada for feito, o resultado será catastrófico!

Ao ter que repensar o modo em que cresceu e se tornou forte, o capitalismo se encontra em uma crise existencial. Mas, como é na crise que surgem as oportunidades, inúmeras empresas dão início a um movimento conhecido como "corrida verde". O objetivo agora é fazer com que os produtos e serviços prestados causem o menor impacto ambiental possível, beneficiando o planeta, e com sorte, conquistando alguns consumidores pela consciência. Logicamente o mercado de TI é afetado, e a partir daí começa-se a popularizar a ideia do "Green IT" ou TI Verde.

Ao se falar em diminuição do impacto ambiental nesta área, lembra-se, principalmente, de eficiência energética. Mas esta é só uma das preocupações da TI Verde. O uso consciente, o descarte adequado, bem como um modo de fabricação que possibilite o reuso de produtos eletrônicos são levados em consideração. Boas práticas como minimizar o uso de impressoras, reduzir o deslocamento de funcionários por meio de reuniões ou assistência remota e principalmente a preocupação com o destino de resíduos gerados por tanta tecnologia, ajudam, e muito, a preservação de nosso planeta. Veja então o que pode ser feito por empresas e até mesmo por você para se minimizar a chamada "ecological footprint", ou pegada ecológica.

Referências:
¹ Climate Change 2007 (AR4)